O
anão estava naquela cidade havia dois dias e meio, se soubesse o quanto uma
capital humana fosse tão barulhenta e mal cheirosa, teria procurado uma colina
de halflings, pelo menos eles eram mais sossegados, quando queriam ser. Dwali,
certo dia, então, resolveu deixar o albergue para procurar um emprego, e veja
bem o que ele conseguiu encontrar, se é que o anão conseguiu encontrar alguma
coisa. Ficou sabendo que um velho estalajadeiro precisava de segurança, então, Dwali
trouxe consigo seu poderoso martelo. Mas passando por uma viela pouco
movimentada, notou que uma donzela estava sendo molestada por vagabundos e
resolveu intervir.
-
O que estão havendo aqui? – indaga o anão em sua voz intimidadora de guerreiro
veterano, satisfeito de que teria uma boa briga.
Os
vagabundos ao ver que Dwali se apresenta de maneira imponente, ficam
amedrontados. Eles não esperavam ser interrompidos por ninguém. Um deles
implora:
-Por
favor, meu senhor não nos mate, nem nos entregue as autoridades. Esta mulher é
só uma puta.
-
Não me interessa o que ela é, seu vagabundo deplorável. Vocês merecem uma boa
surra.
-
Não! Por favor senhor anão, não nos mate. Não vamos fazer isso mais. Acredite
em nós...
-
Fujam, seus ratos. Nunca se atrevam a chegar perto desta, ou qualquer outra
mulher, ou vão apanhar até a morte.
Então,
como ratos imundos, os vagabundos fogem em debandada, tropeçando uns nos
outros. Entretanto, um deles não se intimidou. Este sujeito era corcunda, mas mesmo
assim, bem mais alto que um o anão. Ele corre na direção da garota e tirando
uma adaga da cintura faz ela de refém, encostando o aço na garganta dela. Ele
olha pra Dwali, destemido e diz:
-
Em breve esta cidade estará em cinzas. Volte para o buraco que você veio anão bastardo!
Esta não é a sua gente. Deixe-nos em paz!
Dwali
anda na direção dele, com calma, porém pronto para agir.
-
Qual seu objetivo com isso?
-
Pare onde está anão bastardo. O que você tem haver com isto? Volte para sua
terra nojenta! Este reino, em breve estará ardendo em chamas. O inferno vai
chegar anão. Deixe-me foder antes que esta desgraça ocorra!
Pensando
que o vagabundo estava distraído, Dwali investe contra ele com seu martelo
empunhado.
-
Bastardo!
Precipitado
de mais. O vagabundo desliza a lamina pelo pescoço liso da garota. O sangue esguicha
para todos os lados.
-
Você vai morrer por isso, seu lixo!
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